Não é só em Alagoas que o deputado Arthur Lira e o senador Renan Calheiros vivem às turras.

Em Brasília não é diferente.

Agora a questão diz respeito ao funcionamento do Congresso Nacional e à tramitação das Medidas Provisórias – aquelas que têm efeito imediato, após serem editadas pelo presidente da República, mas que precisam da confirmação das duas Casas para que se tornem lei no prazo de 120 dias.

Eis que Lira não quer voltar ao rito original das MPs, como ocorria antes da pandemia, o que contraria o entendimento do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para quem o modelo anterior era mais democrático: elas passavam pelas comissões mistas para só depois serem apreciadas pelos plenários da Câmara e do Senado.

Para Lira, o modelo criado na pandemia é mais efetivo: as MPs eram votadas diretamente pelo plenário, sem passar pelas comissões mistas – apenas o relator escolhido dava o seu pitaco.

Eis o busílis: líder da maioria no Senado, Calheiros quer a volta das comissões mistas para que os relatores não criem poderes adicionais.

O senador do MDB, assim me parece, está prenhe de razão – em nome da democracia no parlamento.

O presidente Lula já mandou sete MPs para o Congresso – fora as 17 que Bolsonaro deixou de herança.

CADA MINUTO

Foto: Arte/UOL