A Secretaria de Turismo de Alagoas afirmou nesta quarta-feira (6) que não há motivos para preocupação de turistas ao visitarem Maceió. O comunicado foi dado para tranquilizar às pessoas com viagens agendadas para a capital alagoana após risco iminente da mina 18 colapsar.

Segundo a secretária de Turismo do Estado, Bárbara Braga, todos os pontos turísticos e todas as vias e estradas que ligam a eles estão distantes das áreas de criticidade de instabilidade do solo. Exemplo dessas rotas são as AL-101 Norte e Sul, os trajetos que saem do aeroporto, porto e rodoviária, assim como a orla da capital.

“Segundo os relatórios da Defesa Civil, rodovias estaduais e federais estão em pleno funcionamento e sem nenhum risco de desabamento. Nossas rotas turísticas da capital e do interior seguem com total segurança e com total capacidade para atender a demanda, que é estimada para ser a mais alta da história de Alagoas”, afirmou Bárbara.

Para a gestora da pasta, é necessário lidar com transparência e responsabilidade nesta crise, que é considerada uma dos maiores crimes ambientais em curso no mundo.

“Entendemos a seriedade de todos os problemas causados pela Braskem, mas não podemos criar, em cima dessa situação, uma segunda crise para o estado. Nossa economia é totalmente dependente do setor turístico, que também funciona por aqui como uma grande ferramenta de transformação social, gerando um número enorme de empregos”, ressaltou a secretária.

De acordo com a Setur, o trade turístico da capital conta com cerca de 3.500 empresas cadastradas no Cadastur e emprega cerca de 20 mil pessoas somente em Maceió. É estimado que outros 60 mil estão em empregos indiretos, em atividades que dão suporte ao setor, como agricultores, pequenas indústrias, ambulantes e artesãos alagoanos.

De acordo com o órgão, essa quantidade de gente pode ser prejudicada por uma possível diminuição do fluxo turístico em plena alta temporada, por causa da desinformação.

Desde 2018, quando as primeiras rachaduras apareceram, os órgãos fiscalizadores municipais, estaduais e federais monitoram a região. O relatório do extenso estudo do Serviço Geológico do Brasil, publicado em 2019, apontou a relação direta entre a extração do sal-gema pela empresa, que causou uma fragilização do solo da área dos bairros Mutange, Bebedouro, Bom Parto, Pinheiro e Farol.

Gazetaweb, com assessoria

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