A megaoperação policial deflagrada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), nessa quinta-feira (1º), em Alagoas e outros 16 estados, segue com policiais nas ruas para dar cumprimento a 25 mandados de prisão que ainda estão em aberto. No total, 54 pessoas foram presas, mas 79 mandados de prisão foram expedidos. Já os mandados de busca e apreensão foram todos cumpridos, com o recolhimento de aeronave, carros de luxo, relógios, R$ 1 milhão em espécie, drogas e outros bens provavelmente oriundos do crime organizado.

Em Alagoas, foram expedidos sete mandados de prisão, dos quais seis foram cumpridos. Uma pessoa é considerada foragida e está sendo procurada. Conforme as investigações, os alvos da Operação, batizada de Hades, integravam duas organizações criminosas que atuavam, principalmente, com o tráfico de entorpecentes e lavagem de dinheiro.

Além das prisões, as equipes policiais apreenderam bens valiosos, como mais de dez carros de luxo, 60 relógios, joias, dezenas de smartphones, notebooks, tablets, aparelhos eletrônicos, um cofre e milhares em cédulas de reais e pesos colombianos. Também foram apreendidos uma embarcação, um jet-ski, armamentos, como fuzis, carabinas e pistolas e ainda mais de 110 quilos de drogas e uma aeronave. Todos os produtos apreendidos serão trazidos para o estado de Alagoas.

De acordo com a SSP, os presos ficarão, a princípio, custodiados em seus respectivos estados, mas à disposição da Justiça de Alagoas, não sendo descartada a possibilidade de que eles sejam recambiados para o estado.

A operação foi desencadeada em Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.

Entre os presos, estão um policial militar do Mato Grosso do Sul, que estava com drogas, e um empresário do mesmo estado, que, na semana passada, participou de um racha e destruiu um porshe, deixando o motorista do outro carro em coma.

Conforme as investigações iniciadas em março de 2021, foram verificadas movimentações financeiras de mais de R$ 300 milhões em contas bancárias e muitos dos membros das duas organizações criminosas investigadas ostentavam um elevado padrão de vida. Para o chefe-geral de Inteligência da SSP, delegado Gustavo Henrique, a operação integrada ataca o poderio financeiro dos infratores, descapitaliza e desmonetiza a atuação delinquente.

GAZETAWEB.COM \ Jamylle Bezerra

FOTO: Assessoria