Tendo o objetivo de reunir mulheres em situação de violência doméstica e familiar e abordar temas relacionados à proteção à mulher, a Casa da Mulher Alagoana realizou, nesta quinta (04), a reunião do grupo de convivência. A importância da denúncia e da medida protetiva de urgência foi o primeiro tema abordado.

No primeiro encontro do grupo, a Casa recebeu a delegada Luiza Nogueira para conversar com as mulheres do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do Conjunto Selma Bandeira. A coordenadora da Casa da Mulher Alagoana, Paula Lopes, explicou a importância de realizar esse trabalho e transmitir cada vez mais, a cultura da prevenção.

“O grupo tem o principal objetivo de conversar sobre diversos temas relacionados à violência, direitos e empoderamento das mulheres, para fazer com que essa mulher viva uma vida sem violência”, afirmou.

Katiane Menezes é técnica de referência do CRAS Selma Bandeira e ela pontuou a relevância de trabalhar a prevenção e o acesso à informação para essas mulheres que muitas vezes vivem dentro do ciclo de violência e não tem consciência ou não denunciam.

“Levar conhecimento e conscientizar essas mulheres faz a diferença em todo o processo. No CRAS trabalhamos muito a prevenção e estar aqui, conhecendo a Casa e principalmente mostrando que todas estão aqui por elas, faz a diferença”, disse.

Grupo de Convivência

Paula e as psicólogas e assistentes sociais da Casa apresentaram a instituição, discutiram sobre os serviços ofertados, os tipos de violência doméstica e sobre a lei Maria da Penha. Em seguida, a delegada Ana Luiza falou sobre a importância da denúncia e do registro do boletim de ocorrência para que a Polícia Civil seja notificada do fato e possa agir.

“A denúncia pode salvar a vida de muitas mulheres. Nos últimos feminicídios registrados em Alagoas, nenhuma das mulheres havia registrado boletim de ocorrência e na maioria das situações, em casos assim, as mulheres já vem sofrendo reiteradas violências. Quando o ciclo se quebra, a mulher pode viver”, enfatizou.

Além disso, ela também explicou como funcionam as medidas protetivas de urgência e o seu papel para deixar as mulheres mais seguras.

“Com a medida protetiva, o agressor não pode se aproximar da vítima e caso se aproxime, responderá pelo crime de descumprimento de medida protetiva. A medida vai salvaguardar essa mulher e afastar, em termos gerais, o agressor. E se ele usar tornozeleira e descumprir, a polícia consegue realizar o flagrante imediato”, explicou.

Participaram do grupo, as psicólogas Karla Alvarenga e Ellen Sabrina; a assistente social Aline Joyce, a recepcionista Ana Lícia Rotondaro, a ouvidora da Casa da Mulher Emanuelle Melo,e as policiais civis Alzinete e Jeane.

CADA MINUTO \ *Com Dicom TJAL

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