Moda entre os frequentadores assíduos das academias, a barriga negativa começou a ser cultivada pelas celebridades e logo se tornou febre entre os que buscam o corpo perfeito. Essa peculiar anatomia atribuída à região abdominal, contudo, gera controvérsia, visto o grau de exigência para consegui-la.

A barriga negativa é caracterizada pela formação de uma concavidade na área que fica entre os ossos ilíacos (localizados na parte inferior da barriga), que se tornam mais destacados, e as costelas aparentes.

Para ter esse formato de abdômen, é preciso apresentar baixo percentual de gordura corporal, músculos abdominais pouco desenvolvidos e o quadril mais proeminentes. Uma pessoa que não tem biótipo e genética para barriga negativa, mesmo com dieta e atividade física não conseguirá chegar ao resultado desejado.

Tamanho do esforço

Para obter uma barriga negativa é necessário diminuir o percentual de gordura corporal abaixo dos níveis aceitáveis, isso significa que este valor será inferior a 10%. O baixíssimo índice pode acarretar danos ao organismo em função dos meios usados para conquistá-lo.

A associação de alimentação deficiente e exercícios para emagrecimento em excesso causará a perda de massa muscular. A ausência de outras fontes de energia para a atividade física, como a gordura e a glicose, fará com que o corpo lance mão do glicogênio – molécula que faz parte da composição do músculo – para conseguir dar andamento à atividade física.

O que ocorre nessa situação é que o organismo entra em estresse e esgotamento físico, podendo causar problemas de saúde como diminuição da resistência imunológica, alterações de ciclo hormonal, interrupção do ciclo menstrual, distúrbios alimentares, entre outras patologias.

Melhor com saúde

Alguns nutricionistas dizem que a alimentação oferece 70% dos recursos necessários para se conquistar a barriga zero. Não descartam os exercícios, mas segundo eles, se você se alimentar corretamente, encontrará resultados surpreendentes. A saúde sempre em primeiro lugar.

Estadão
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