As deficiências na prestação de serviços do Hospital Universitário Alberto Antunes, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), devem ser apuradas pelo Ministério Público Federal (MPF). A denúncia será encaminhada pelo deputado federal Marx Beltrão (PSD), que, ao tomar conhecimento de denúncias envolvendo a falta de luvas, camas, macas e até seringas pela TV Gazeta e Gazetaweb, mesmo em recesso, decidiu agir.

“Vou exigir que a direção do HU encerre o ciclo de incompetência que parece ter sido a marca dos últimos anos deste tão importante hospital. Não podemos admitir tamanha falta de respeito. Nem lençol tem mais? Um absurdo!”, garantiu Beltrão.

Segundo o parlamentar, o problema não está associado, em momento algum, à falta de recursos. Por esta razão, acabou sendo ainda mais duro em suas críticas e classificou o cenário atual como incompetência.

“Não é falta de dinheiro. É falta de capacidade e competência de gestão”, criticou o parlamentar.

O que o deixou mais indignado foi o fato de, exatamente, há um ano ter cobrado melhorias quanto ao desabastecimento de medicamentos para a Oncologia da unidade, com a falta da droga Vinorelbina, de 30 mg.

Assim como fez em janeiro de 2019, ele também vai cobrar explicações da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e da direção do HU. A informação foi confirmada por sua assessoria.

CONFIRA NOTA DO HU

O Hupaa-Ufal informa que houve um atraso na entrega dos enxovais pela empresa que presta serviços ao hospital, fato já resolvido na manhã desta quarta-feira (8). O hospital também ressalta que não há falta ou atraso no repasse de recursos para a instituição. Cabe também informar que o problema no gerador de energia, na época do Natal, foi devido a falha de uma das peças do equipamento, fato resolvido em seguida, sem prejuízo aos pacientes.

O Hupaa reforça que está empenhado em aperfeiçoar cada vez mais processos e os serviços oferecidos à população. Cabe, entretanto, ressaltar que o Hupaa é um hospital universitário, campo de prática para formação de profissionais de saúde, e tem atuado dentro dos seus limites operacionais. Dentro desse contexto, atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde da região, devendo essa responsabilidade também ser feita por outros atores.

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