Uma pesquisa inédita feita por cientistas do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, identificou dezenas de remédios antigos, usados para tratar diversas doenças, com capacidade de matar células cancerígenas.

A conclusão do estudo foi publicada nesta segunda-feira (20) na revista científica Nature Cancer.

Milhares de compostos em uso foram submetidos à análise, juntamente com 578 linhas de células cancerígenas.

Os resultados surpreenderam até mesmo os cientistas, já que 50 princípios ativos matavam células cancerígenas sem danificar células saudáveis.

“Achamos que teríamos sorte se encontrássemos um único composto com propriedades anticâncer, mas ficamos surpresos ao encontrar tantos”, disse Todd Golub, um dos autores do estudo.

Historicamente, os cientistas descobriram novos usos de alguns medicamentos existentes, como os benefícios cardiovasculares da aspirina.

“Criamos o centro de reaproveitamento para permitir que os pesquisadores façam esse tipo de descoberta inesperada de maneira mais deliberada”, disse o primeiro autor do estudo, o oncologista Steven Corsello.

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Dentre os tipos de medicamentos com capacidade de combater células cancerígenas estão um anti-inflamatório, remédio para reduzir o colesterol, para diabetes, um princípio ativo utilizado no tratamento de alcoolismo e até mesmo um que é utilizado para atrite em cães.

“Nosso entendimento de como esses medicamentos matam células cancerígenas nos dá um ponto de partida para o desenvolvimento de novas terapias”, acrescenta Corsello.

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