Desde que o novo decreto liberou a abertura de lojas de tecidos e aviamentos, muita gente tem ido ao Centro de Maceió e formado filas em frente aos estabelecimentos para comprar tecidos e confeccionar máscaras, sejam para vendas ou para uso próprio.

No primeiro dia de abertura a aglomeração de pessoas nas lojas de tecidos era grande, mas agora, na Loja Imperador no Centro de Maceió, por exemplo, apenas cinco pessoas por vez entram e todas devem estar usando máscaras, segundo Almir Silva, um dos gerentes do estabelecimento.

“Seguimos as recomendações do decreto do governo. Assim que os clientes entram na loja fazemos a assepsia com o álcool 70 ou em gel. E a todo momento temos funcionários da limpeza fazendo a descontaminação da loja. Além disso, adotamos o sistema de entrar apenas cinco clientes por vez. Ou seja, sai cinco entra cinco. E estamos trabalhando em horário especial das 9h até às16h’’, explica Almir incluindo que a procura por tecido para a confecção de máscaras cresceu em torno de 70%.

Mas o aumento não é uma projeção de faturamento se for comparado com o fluxo de pessoas que iam ao Centro antes da pandemia do novo coronavírus.

A vendedora Nilda Silva acrescenta que o preço do metro não está tendo alteração. “Tudo está funcionando de forma correta, com os mesmos valores de antes. A procura por tecidos aumentou justamente por conta que muita gente está fazendo máscaras. Inclusive, aqui a medida adotada é que sem máscara ninguém entra. E todos devem se higienizar na porta da loja antes de entrar – no caso dos funcionários se gripar é dispensado e fica um período em casa. Mas graças a Deus, ninguém adoeceu”, diz.

De acordo com a dona de casa, Maria Cícera, que nas horas vagas costura, disse que aproveitou este momento de pandemia e a falta de máscaras nas farmácias para produzir algumas e revender entre os conhecidos. “É uma recomendação todo mundo usar. Na maioria das farmácias não tem o produto. E para entrar nos bancos, nos hospitais, loterias só é atendido quando estiver usando, então a gente compra retalhos de tecidos, faz e vende por um valor justo. E ainda elas vão ser usadas várias vezes, basta lavar’’, disse acrescentando que tem o produto de R$ 4 e R$ 2 reais as feitas de TNT.

FISCALIZAÇÃO

O Procon Alagoas esteve nas lojas no dia da reabertura e orientou aos lojistas de como poderiam funcionar. Depois disso o órgão voltou ao local para verificar se as recomendações do decreto estão sendo atendidas.

“Nas Lojas Imperador e de Aviamentos (como: Gaivota, Magazine São Paulo etc.), foram realizados Autos de constatação com prazo de 24h para se adequarem. Retornamos depois das 24h e as lojas já estavam adequadas às exigências pedidas pelo decreto”, explica o chefe de fiscalização do órgão do Procon, Clebson de Araújo.

Fonte: Tribuna Independente / Texto: Lucas França

(Foto: Edilson Omena)