As ruas da cidade de Maceió não são as mesmas desde a chegada do coronavírus (Sars-cov-2). Consequentemente, o fluxo nos ônibus também caiu, ainda que o meio de transporte continue atendendo às pessoas que não deixaram de ir ao trabalho. Neste cenário de incertezas, que ninguém sabe ao certo o quanto irá durar, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros (Sinturb) teme o colapso no setor, uma vez que houve uma queda de 75% na arrecadação.

Segundo nota enviada pela assessoria de comunicação do Sinturb, na manhã desta terça-feira (5), pode haver um corte de 20% a 30% dos postos de trabalho, para evitar um estrangulamento no sistema de transporte de passageiros em Maceió. A explicação é de que os custos do transporte são, em sua maioria, custos fixos, em especial despesas com funcionários, o que representa cerca de 50% do total.

O sindicato esclarece que, desde o dia 21 de março, primeiro dia do decreto de isolamento social, as empresas registraram uma diminuição diária de aproximadamente 75% dos passageiros, e isso equivale a uma perda de receita de R$ 500 mil por dia e um montante de R$ 21 milhões a menos desde o início da pandemia. Por isso, as empresas não vão atingir receita suficiente para manter 100% do quadro atual, ficando obrigadas a estudar redução de funcionários.

Acordos já teriam sido feitos com os rodoviários, mas, como não há perspectiva de retorno à normalidade, dado o agudo risco de contaminação pelo novo coronavírus, é exigido que novas medidas sejam realizadas.

Confira a íntegra da nota:

NOTA SINTURB

No primeiro mês de enfrentamento do coronavírus e período de isolamento social em Maceió, o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros (Sinturb) registrou uma queda de passageiros de aproximadamente 75%, e as empresas estão sofrendo graves problemas financeiros. Os custos do transporte são em maioria, custos fixos, em especial o custo com funcionários que representa cerca de 50% do total. Neste sentido, o SINTURB e as empresas sindicalizadas não desconsideram que a qualquer momento possa haver uma redução em torno de 20% a 30% dos postos de trabalho, para evitar um estrangulamento no sistema de transporte de passageiros da capital.

A grande preocupação das empresas do setor é como ficarão os empregos após os três meses da Medida Provisória do Governo Federal em que é permitida a redução de jornada do empregado. Fato é, após este período caso a demanda não volte, as empresas podem ser obrigadas a reduzir os postos de trabalho para evitar que o transporte de passageiros da capital pare. A estimativa das empresas é que a queda de demanda persista mesmo após a liberação de mais setores da economia.

Desde o dia 21 de março, primeiro dia do decreto de isolamento social, as empresas registraram uma diminuição diária de aproximadamente 75% dos passageiros, o que equivale a uma perda de receita de meio milhão de reais por dia e um montante de 21 milhões a menos desde o início da pandemia. Infelizmente com o cenário que se desenvolve, as empresas não vão atingir receita suficiente para manter 100% do quadro atual, ficando obrigadas a estudar redução de funcionários.

Com essa queda na arrecadação, as empresas afirmam que para o serviço continuar funcionando, é necessária uma adequação nos postos de trabalho. Destacamos que no início do período de isolamento, acordos foram feitos com os rodoviários, mas como não há perspectiva de retorno normalidade, dado ao agudo risco de contaminação pelo novo coronavírus, é exigido que novas medidas sejam realizadas. As empresas temem que um colapso no setor de transportes urbanos ocorra se medidas urgentes não forem praticadas.

ASCOM SINTURB

Por Victor Lima | Portal Gazetaweb.com

FOTO: arquivo/Pei Fon/Secom Maceió