A retomada do futebol alagoano é um assunto recorrente entre os torcedores e os próprios clubes e atletas, ainda mais quando outros Estados permitiram uma flexibilização no isolamento social, autorizando os clubes a retomarem as atividades. Em entrevista à Rádio Maceió 1020 AM, o secretário de Estado do Esporte, Lazer e Juventude (Selaj), Charles Hebert, comentou como está a situação em Alagoas para uma possível retomada dos clubes aos treinamentos, caso o governo aprove a flexibilização da prática esportiva.

“Há, sim, a possibilidade de eles voltarem a treinar. Contudo, tem que esperar se haverá uma flexibilização para eles retornarem. Nós da Selaj estamos conduzindo um grupo de trabalho, incluindo o futebol, através da FAF (Federação Alagoana de Futebol). Dentro do grupo, estaremos encaminhando um documento ao Governo do Estado. Pode ser que tenha a flexibilização como acontece em outros Estados. Mas não temos uma data definida para este retorno”, disse Charles Hebert.

O secretário comentou que alguns clubes alagoanos possuem um protocolo bastante detalhado de como acontecerá esta possível volta dos treinamentos. “Só vão treinar os jogadores que tiverem feito os testes. Os treinamentos, na 1ª fase, não seriam realizados em grupo, não teriam o famoso coletivo”, explicou.

Charles afirmou que o futebol saiu na frente dos demais esportes pelo poder aquisitivo que a modalidade tem, sendo a principal praticada no Estado, mas reiterou que os demais esportes não ficarão atrás para entregar os protocolos.

Há quase três meses, o Estádio Rei Pelé recebia o último jogo. Desde então, o templo maior do futebol alagoano seguiu intocado, enquanto está acontecendo a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O secretário Charles Hebert ressaltou que o Rei Pelé continua apto para receber os jogos na possível volta do esporte.

“Está apto para essa retomada dos jogos. Talvez o gramado esteja até melhor depois dessa infeliz folga que teve. Após três meses, o gramado do Rei Pelé está impecável e sendo bem tratado”, disse o secretário, revelando que, durante esta folga forçada, algumas melhorias no Trapichão estão sendo feitas, como a reforma de alguns banheiros femininos.

Além dos clubes que perdem receita por não estarem jogando, quem também sofre com a falta de jogos são os ambulantes, que viram o lucro que ganhavam nos jogos indo pelo ralo, por conta da pandemia. Segundo Charles Hebert, a Selaj vem acompanhando a situação dessas pessoas bem de perto.

“Fizemos uma ação, meses atrás, com a FAF, na entrega de algumas cestas básicas, e até mesmo os torcedores, tanto de CRB e CSA, fizeram um mutirão para ajudar aquelas pessoas. Estivemos com alguns organizadores dos ambulantes e soubemos que muitos deles conseguiram a ajuda do auxílio emergencial. Estamos fazendo o que podemos para ajudá-los”, concluiu o secretário.

Por Luiz Caldas | Portal Gazetaweb.com

FOTO: Thiago Henrique/Ascom Selaj