Como uma das alternativas para deter a insegurança nas escolas, o governador em exercício, Ronaldo Lessa (PDT), defendeu que a regulação das mídias, que está em discussão no Congresso Nacional. Segundo ele, as redes sociais viraram um canal perigoso para disseminação de notícias falsas e de ameaças, que, na avaliação do gestor, precisa ser combatido.

Na entrevista que concedeu ao Jornal da MIX, da Rádio 98.3 MIX FM, Lessa repercutiu a pauta da reunião ocorrida em Brasília, na última terça-feira (18), convocada pelo presidente Lula (PT). Ele representou o governador Paulo Dantas (MDB), que está em viagem ao Uruguai.

“Lá foi feita uma avaliação do que está ocorrendo na comunidade escolar no Brasil. Compreendo que o problema não está na escola. Estamos vivendo tempos novos em que as mídias sociais precisam de uma regulação. Esta é uma posição defendida pelo ministro Alexandre de Moraes, de que aquilo que é proibido na vida real também seja no ambiente virtual”, declarou.

Para ele, há um empenho generalizado das forças políticas do País para garantir a tranquilidade e a proteção do ambiente escolar, que sempre foi sagrado. No entanto, avalia que o desequilíbrio emocional das crianças e dos adolescentes é um dos problemas que precisa ter um olhar mais atento, inclusive com o suporte profissional de psicólogos.

“Em Alagoas, por exemplo, estamos tranquilos, porque tomamos medidas de precaução. Há sugestões para levar estes profissionais para o ambiente escolar para identificar quem são as crianças que sofrem algum tipo de violência e mobilizar a sociedade como um todo, inclusive as igrejas, para contribuir com este processo”, analisou o governador.

Outra sugestão apontada por Lessa é estreitar o contato das forças de segurança com os conselheiros tutelares, que, na opinião dele, conhecem a realidade das comunidades e onde estão os problemas mais pontuais envolvendo questões de vulnerabilidade social.

O encontro em Brasília serviu para discutir políticas de segurança, de prevenção e de enfrentamento à violência nas escolas, a partir de estratégias de promoção da paz nas instituições educacionais, e de combate aos discursos de ódio e ao extremismo.

O Governo Federal já anunciou a criação de um grupo de trabalho (GT) para debater soluções para o problema de violência nas escolas. Além disso, está disponibilizando R$ 150 milhões do Fundo Nacional de Segurança Pública para estados e municípios fortalecerem as rondas escolares.

Em Alagoas, a Polícia Militar tem intensificado visitas às unidades de ensino da capital e do interior, e dialogado com gestores, professores e alunos. É rotina da PM realizar rondas ostensivas, prestar orientações, realizar reuniões e palestras com a comunidade escolar.

O trabalho de fiscalização, realizado sistematicamente pelo Batalhão de Polícia Escolar (BPEsc), ganhou reforço, e o Núcleo de Articulação Comunitária Escolar (Nace) está atuante. As equipes do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) estão em ação e os batalhões de área e outras unidades especializadas estão vigilantes por toda Alagoas para garantir mais segurança nas escolas.

GAZETAWEB \ Thiago Gomes

FOTO: Reprodução/ Redes Sociais