Os próximos meses serão difíceis para o CSA. O time não terá atividades profissionais no futebol até dezembro (quando começa a pré-temporada 2024). Mas no CT Gustavo Paiva, os trabalhos não podem parar. Principalmente os setores administrativos. A parte esportiva e de logística será dividida para a antecipação das férias. “A gente precisa aproveitar esse momento agora de recesso forçado pra poder dar um descanso aos funcionários, dando férias a maior parte deles em setembro. Existem profissionais que, mesmo sem atividade no futebol profissional, precisam atuar no dia a dia do clube e vão continuar exercendo suas funções, a exemplo de manutenção de gramado, manutenção predial. Com esse pessoal, a gente vai revezar as férias”, disse a presidente em exercício Mirian Monte, em entrevista ao GE.
O elenco será desmontado aos poucos. O presidente licenciado Rafael Tenório está ajudando Mírian nas tratativas de rescisões. Dos jogadores que tinham contrato até o fim de novembro, o CSA já acertou a saída do zagueiro Rafael Forster, do volante Bruno Matias, do meia Tomas Bastos e dos atacantes Iago Teles e Gabriel Taliari.
“Quem não pode se ausentar é o administrativo, que contempla as áreas contábil, jurídica e financeira, até porque estamos elaborando todo o plano de Recuperação Judicial e precisamos ter todos esses setores envolvidos nesse trabalho”, disse ela.
RENÚNCIA COLETIVA
Eleito por aclamação em fevereiro deste ano, Rafael Tenório vive um drama pessoal. O fracasso dentro de campo se reflete em pressão das arquibancadas e ainda muitas reclamações e cobranças por parte do Conselho Deliberativo. Alguns membros ainda falam em prestação de contas. Tenório revelou ao Esquadrão 89 que pretende deixar o clube para que outras pessoas possam tocar o CSA. Ele afirmou que vai organizar o clube para sair, ao lado de toda sua diretoria, no início de novembro.
Caso isso aconteça, o presidente do Conselho Deliberativo, Christiano Beltrão, acumula o cargo e convoca novas eleições até que o que um novo presidente-executivo seja eleito pelos sócios.
“Estou vendo julgamentos no tribunal da internet, muitas vezes incendiados por desinformação, muitas vezes veiculadas por quem deveria informar. Isso tudo desestimula, massacra, fere, ofende e prejudica a todos, indistintamente. Quem sofre é o clube, a instituição. Estarei ao lado do presidente Rafael Tenório, ajudando como eu puder, com conhecimentos jurídicos, de gestão, ou mesmo com um ombro forte para oferecer, quando o cansaço bater, e para que ele alcance o objetivo de equacionar o clube nesses 60 dias. Ele gosta de metas, então vamos cumprir essas metas”, disse Mirian.
Por Tribuna Independente
Foto: Assessoria
