Alagoas tem mais de 2 mil pessoas desaparecidas, segundo dados do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid/AL) do Ministério Público Estadual. O Plid Alagoas, oficialmente, tem 2.530 casos, sendo 446 concluídos, 2.083 em investigação e um aguardando instauração. De acordo com os dados, menos de 20% dos casos de desaparecimento registrados no estado foram concluídos.

Entre as pessoas desaparecidas, 63,89% são do sexo masculino e 33,19% do sexo feminino. A maioria das pessoas desaparecidas tem idade entre 12 e 17 anos (31,51%). inda segundo os dados, a maioria dos desaparecimentos (37,61%) é sem motivo aparente. Em seguida, por conflito intrafamiliar, sendo 18,36% dos casos; por problemas psiquiátricos (12,70%); por perda de contato voluntário (9,80%); por dependência química (6,83%); possível vítima de homicídio (6,21%); possível vítima de sequestro (6,07%); e outros motivos como envolvimento com o tráfico de entorpecentes, abandono, prisão, possível vítima de acidente e subtração para exploração sexual.

Desde a sua criação em 2018, o programa atua de forma integrada com órgãos públicos municipais, estaduais e federais, e também com entidades privadas para ajudar na localização e na identificação de pessoas desaparecidas no Estado.

Para celeridade nos trabalhos, o Plid/AL assinou convênio com a Secretaria de Segurança Pública, o qual possibilita acesso imediato a todos os Boletins de Ocorrência (BO) referentes a desaparecidos.

Para acionar o Plid/AL, o cidadão pode ligar para os telefones (82) 2122-5220 e 9 9182-0121 ou se dirigir a uma Promotoria de Justiça no interior.

O Programa mobilizou toda a rede, na última quarta-feira (11), para encontrar o quilombola Manuel Correia Cunha, de 25 anos, da comunidade Mumbaça, zona rural de Traipu. O corpo dele acabou sendo encontrado boiando em um açude. A causa da morte foi afogamento.

Por Tribuna Independente

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